segunda-feira, 6 de junho de 2011

Métodos de Investigação

No século XVII, com o inicio de descobertas cientificas de Galileu, Kepler, Descartes, Newton e Bacon, deu-se uma revolução científica. Se antes a ciência estava intimamente ligada à Filosofia, após esta revolução, a ciência passa a ser autónoma e a deter conhecimentos mais estruturados e práticos.

O progresso cientifico que se observou a partir de 1600, tem como responsável Francis Bacon pois defendia o caracter colaborativo da pesquisa cientifica e a preferencia pelas comunidades em vez de génios isolados.

Podemos transferir estes conceitos para o design através dos Raciocínios (ou Métodos) Indutivos de Bacon ou Dedutivos de Descartes.


Métodos que levam à questão:
-Método Indutivo
-Método Dedutivo
-Método Hipotético-dedutivo
-Método Descritivo
-Método Experimental
-Método Qualitativo
-Método Quantitativo
Método Dedutivo: do geral para o particular, funciona por premissas. O método dedutivo, de acordo com a acepção clássica, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica que, a partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão.
Método Indutivo: completamente oposto ao método dedutivo. O método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de coleta de dados particulares. De acordo com o raciocínio indutivo, a generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente confirmadores dessa realidade. Constituí o método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos. Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se deseja conhecer. A seguir, procura-se compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos.
Método Hipotético-dedutivo: observação já pensada e seleccionada das coisas. O método hipotético-dedutivo é uma das formas mais clássicas e importantes do método científico. Foi consagrado pela filosofia e pela ciência ocidental e fixou-se no cotidiano de muitas pessoas que se dedicam à produção do conhecimento científico.

Noble, Ian & Bestley, Russel (2005). Visual Research : An Introduction to Research Methodologies in Graphic Design. AVA Publishing.
ISBN-10:
2884790497 / ISBN-13: 978-2884790499

Neste livro, de 6 capítulos, podemos encontrar métodos, quantitativos e qualitativos, aplicáveis ás questões do design de comunicação. É um manual bastante ilustrado, com exemplos reais de projecto. Algumas questões interessantes como as audiências, teoria da comunicação, experimentação, semiótica e semântica, são abordadas. Numa secção final, são feitas sugestões sobre como sintetizar os modelos teóricos e a prática, de forma a poderem ser aplicadas, pelos designers, na sua prática profissional.

Este livro tenta resumir um mundo teórico imenso em cerca de 200 páginas. Por um lado, este esforço é meritório porque, poderá fazer com que os designers obtenham bases teóricas de uma forma fácil e atraente mas, por outro lado, também poderá ser prejudicial porque, os designers poderão achar que ficaram suficientemente esclarecidos com este resumo. O que não é, de todo, verdade. Por isso, é preciso saber aproveitar, com sensatez, obras como estas que nos apresentam os conteúdos já digeridos. Não se esqueçam que não existem receitas válidas para fazer bom design!


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